Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis.
Papa Francisco – September 2023
Um sem abrigo que morre na rua nunca vai aparecer na primeira página dos navegadores da Internet ou dos noticiários.
Como é que pudemos chegar a este nível de indiferença?
Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios económicos, como é que deixamos que esta cultura domine as nossas vidas, as nossas cidades, o nosso modo de vida?
Vai-nos endurecer o pescoço de tanto olhar para o outro lado para não ver esta situação.
Por favor, paremos de tornar invisíveis aqueles que estão à margem da sociedade, seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência.
Concentremo-nos no acolhimento. Em acolher todas as pessoas que precisam.
A ‘cultura do acolhimento’, de receber, de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano.
Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis.
Credits
Campaign title:
The Pope Video – September 2023: For people living on the margins
A project by Pope’s Worldwide Prayer Network
In collaboration with Vatican Media
Creativity and co-production by:
Benefactors
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PRESS RELEASE
Francisco pede oração e compromisso pelos que “vivem à margem da sociedade”
- No Vídeo do Papa do mês de setembro, Francisco pede orações para que “as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam descartadas”.
- Francisco interroga-se: “Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios económicos”, “domine as nossas vidas”?
- “Por favor”, implora o Papa, “paremos de tornar invisíveis aqueles que estão à margem da sociedade, seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência”.
(Cidade do Vaticano, 29 de agosto de 2023) – “Como é que pudemos chegar a este nível de indiferença?”. Esta é a pergunta de Francisco, no Vídeo do Papa do mês de setembro, no qual, por meio da Rede Mundial de Oração do Papa, pede que rezemos “pelas pessoas que vivem à margem” da sociedade. “Um sem abrigo que morre na rua nunca vai aparecer na primeira página dos navegadores da Internet ou dos noticiários”, começa por constatar o Santo Padre ao partilhar a intenção de oração deste mês com a Igreja universal.
Os esquecidos pela Comunicação Social
É precisamente a eles, aos esquecidos pela Comunicação Social, que o vídeo deste mês procura dar voz. As imagens que acompanham as palavras de Francisco apresentam pessoas sem abrigo – sozinhas ou em pequenos grupos, às vezes quase pisadas pelos transeuntes – nos passeios do Canadá, Estados Unidos, Quénia, Camarões e Índia; crianças da rua que passam o dia a lavar os vidros dos automóveis parados nos semáforos de San Salvador; pessoas com deficiências diversas, na Espanha, nas Filipinas ou na América Central; barracas junto dos arranha-céus de Vancouver, de edifícios de Buenos Aires ou do Rio de Janeiro.
Nas margens da nossa sociedade vive uma humanidade muito diversificada e muito mais numerosa do que julgamos. De facto, segundo as Nações Unidas, mais de 700 milhões de pessoas, 10% da população mundial, vivem em situação de pobreza extrema, com dificuldade para satisfazer as necessidades mais básicas, como a saúde, a educação e o acesso a água e saneamento. A mesma ONU acrescenta que cerca de 1.600 milhões de pessoas vivem em condições precárias de habitação e que os países mais industrializados não constituem uma exceção. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam, ainda, que uma em cada oito pessoas no mundo apresenta sintomas de algum tipo de “problema mental”, e que 16% da população mundial tem uma “deficiência significativa”.
Face à “cultura do descarte”, “cultura do acolhimento”
“Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios económicos, domine as nossas vidas, as nossas cidades, o nosso modo de vida?”, questiona-se Francisco. E reconhece, com tristeza: “Vai-nos endurecer o pescoço de tanto olhar para o outro lado para não ver esta situação”. O Papa convida-nos a que “paremos de tornar invisíveis aqueles que estão à margem da sociedade, seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência”.
“Concentremo-nos no acolhimento”, exorta. “Em acolher todas as pessoas que precisam. A ‘cultura do acolhimento’, de receber, de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano”. Pede, por isso, a todos os crentes que se mobilizem, através da oração, “para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam descartadas”.
Acolher é mais do que ajudar
“A oração traz à luz do dia o que está oculto no coração. Por isso, os que vivem à margem, como que invisíveis, devem encontrar espaço na nossa oração; eles estão no coração da Igreja: um coração de carne e não de pedra. Um coração de pedra descarta, um coração de carne acolhe”. E, a propósito do vídeo do Santo Padre para o mês de setembro, o Cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral acrescenta: “O Papa Francisco conhece o poder educativo da oração e convida-nos, por meio dele, a desenvolver uma cultura do acolhimento. ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular’; esta mensagem conserva a sua força e credibilidade se, também hoje, damos a palavra aos descartados, se reconhecemos a dignidade indelével daqueles que foram crucificados por uma economia sem piedade, pela prepotência ou pela indiferença. Acolher é mais do que ajudar: é colocar o outro ao nosso nível, redescobrir um irmão ou uma irmã que tínhamos perdido. Na oração convertemo-nos em membros de um único Corpo”.
Uma “cultura do acolhimento”
O Padre Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, comenta: “Como é possível dar uma resposta tangível aos milhões de descartados que, com frequência, apenas encontram indiferença, ou mesmo irritação, como resposta? Francisco convida a olhar a pobreza e a exclusão com uma perspetiva diferente. Esta implica a oração, pois a oração transforma o nosso coração, muda o nosso olhar e abre-nos aos outros, em particular aos mais vulneráveis. Rezemos, com Francisco, por uma ‘cultura do acolhimento’, capaz de receber todas as pessoas necessitadas, capaz de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano”.
O Vídeo do Papa é possível graças ao contributo desinteressado de muitas pessoas. Neste link é possível fazer donativos.
Onde podes ver O Vídeo do Papa?
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Sobre O Vídeo do Papa
O Vídeo do Papa é uma iniciativa oficial de alcance global que visa divulgar as intenções de oração mensais do Santo Padre. É desenvolvido pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração). Desde 2016, O Vídeo do Papa teve mais de 205 milhões de visualizações em todas as redes sociais do Vaticano, está traduzido em mais de 23 idiomas e tem cobertura da imprensa em 114 países. Este vídeo é produzido e dirigido pela equipa do Vídeo do Papa da Rede de Oração, coordenado por Andrea Sarubbi, e com o apoio da agência La Machi Comunicación para Buenas Causas. O projeto conta com o apoio de Vatican Media. Mais informações em: thepopevideo.org.
Sobre a Rede Mundial de Oração do Papa
A Rede Mundial de Oração do Papa é uma Obra Pontifícia que tem a missão de mobilizar os católicos, pela oração e ação, diante dos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Esses desafios apresentam-se na forma de intenções de oração confiadas pelo Papa a toda a Igreja. A sua missão inscreve-se na dinâmica do Coração de Jesus, uma missão de compaixão pelo mundo. Foi fundada em 1844 como Apostolado da Oração. Está presente em 89 países e integra mais de 22 milhões de católicos. Inclui uma secção juvenil, o MEJ – Movimento Eucarístico Juvenil. Em dezembro de 2020 o Papa constituiu esta obra pontifícia como fundação do Vaticano e aprovou os seus novos estatutos. O seu diretor internacional é o Pe. Frédéric Fornos, SJ. Para outras informações: https://www.popesprayer.va/pt-pt/.
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral foi instituído pelo Santo Padre Francisco a 17 de agosto de 2016. Desde 1 de janeiro de 2017, as competências do Conselho Pontifício Justiça e Paz, do Conselho Pontifício Cor Unum, do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e do Conselho Pontifício para os Agentes no Campo da Saúde fundiram-se neste Dicastério. O Dicastério promove o desenvolvimento integral da pessoa à luz do Evangelho, no contexto da doutrina social da Igreja. Dá particular atenção às questões de justiça social, aprofunda e desenvolve os temas do bem comum, da paz e da proteção da criação, dos direitos humanos, da saúde, das migrações e do tráfico de pessoas, exprimindo a solicitude e preocupação do Papa com a humanidade sofredora e necessitada.
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